sábado, 14 de julho de 2012

Slow Bier Brasil


No último dia 09, o evento Extramalte, organizado mensalmente, liderado por Sady Homrich, recebeu o cervejeiro Marco Falcone, da Falke Bier, de Belo Horizonte, para falar do movimento Slow Bier. Esse movimento foi lançado no Brasil em 2009, com uma proposta semelhante à do Slow Food. Com essa proposta, o que se procura é levar o slogan "Beba menos, beba melhor" ao dia-a-dia das pessoas. Em resumo, trata-se de valorizar a cerveja como um alimento, com diversas possibilidades gastronômicas, capaz de proporcionar momentos de prazer e degustação que valorizem a qualidade e não a quantidade.
Impossível não associar essa ideia ao mercado das microcervejarias e cervejarias artesanais brasileiras. Esse mercado em crescimento tem como maior preocupação valorizar a diversidade da cultura cervejeira e apresentar uma nova forma de se consumir cerveja: nada de estupidamente gelada! O que se quer é que as pessoas aprendam, ou melhor, descubram, novas formas de saborear cerveja, sem pressa, sem o objetivo de só saciar a sede e encher a cara.
A seguir, reproduzo o texto de Falcone sobre o movimento:
"No dia 25 de abril de 2009 foi lançado o movimento Slow Bier Brasil, com princípios similares ao Slow Food, com o intuito de valorizar a produção de cervejas de qualidade, bem produzidas, utilizando matérias primas nobres, boas práticas de fabricação, além de conceitos como fair trade (comércio justo), sustentabilidade e respeito ao meio ambiente. Preocupação com o consumo responsável, com cordialidade e convivialidade, com o prazer gastronômico que a cerveja pode proporcionar. Mas, além disto, o movimento se preocupa também com a forma de viabilizar isto, já que é muito mais dispendioso alcançar todos estes requisitos do que produzir em escala industrial, abolindo todas estas preocupações.
O Slow Bier Brasil quer mostrar as vantagens destas práticas que irradiam cultura cervejeira, mas tem que abordar também os desafios e dificuldades, que vão, desde a desproporcionalidade do poderio econômico com relação às mega indústrias até aos percalços da regulamentação, burocracia e tributação.
Desde sua criação o Slow Bier Brasil, que tem como símbolo um bicho preguiça (diferente do Slow Food, que utiliza um caramujo), tem procurado se manifestar e obter adesões em eventos pontuais, como no último ano no Festival Slow Film de Pirenópolis/GO, entre outros.
No lançamento, em 2009, foi feita uma vídeo conferência no bar Frei Tuck Slow Beer, em Belo Horizonte (que já não existe mais), com o movimento correspondente na Alemanha, e que iniciou o conceito, brindando também com Porto Alegre (Leo Sewald e Caroline Bender representando a Acerva Gaúcha) e Campinas (David Figueira e Maurício Beltramelli – Acerva Paulista), além dos cervejeiros da Acerva Mineira, Acerva Carioca, CONFECE (Confraria Feminina da Cerveja de Belo Horizonte) e FEMALE (Confraria Feminina da Cerveja do Rio de Janeiro), estes todos presentes in loco.
Pedimos a adesão de todos na data de hoje, quando estaremos levantando novamente a bandeira do movimento no Extramalte, do cervejeiro Sady Homrich, no Studio Clio, às 20 horas desta segunda-feira.
Um abraço a todos e Pão e Cerveja.
Marco Falcone"

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